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Opinião: hacker é uma profissão do mal? – 28/11/2022 | Diário do Grande ABC

*Por Sebastian Stranieri // Considerada a carreira do futuro por manter pessoas, empresas e governos em segurança, estima-se que o mundo necessite de cerca de 3 milhões de hackers atuando no setor de cibersegurança diariamente. Isso mesmo, hackers. Ou melhor, pessoas que trabalham em prol da segurança digital ao detectar as vulnerabilidades e ciberataques.

De acordo com o levantamento da consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o quinto país mais afetado por crimes cibernéticos no mundo em 2021 – o que reforça quão frequentes, impactantes e sofisticados os crimes estão sendo cometidos. Por essa razão, o mercado para os profissionais da área nunca esteve tão aquecido, principalmente com a chegada e adoção da tecnologia 5G, que impulsionará investimentos em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).

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Uma profissão, diversas possibilidades

Poucos sabem, mas existem diversas vertentes disponíveis no mercado para o profissional de segurança cibernética atuar. Uma delas é por meio de programas Bug Bounty (programa de recompensa por bugs), nos quais empresas contratam hackers pontualmente para realizar revisões de aplicações e códigos, testes de detecção de vulnerabilidades públicas e engenharia reversa com o objetivo de descobrir fraquezas.

Algumas plataformas coordenam estas recompensas, tais como a HackerOne, que conecta empresas a testadores de penetração e pesquisadores de segurança cibernética, e a Bugcrowd, ferramenta de segurança crowdsourced. Na mesma linha, porém oferecendo um monitoramento contínuo, a Strike fornece um serviço em que hackers localizados ao redor do mundo disponibilizam um atendimento mais seguro e eficaz.

Internamente, as empresas podem também ter serviços de cibersegurança que, de acordo com as suas designações, ficam normalmente divididas em duas cores a fim de tornar possível uma melhor organização e enfoque de tarefas internas: vermelho, que simula ataques cibernéticos à própria empresa para encontrar fraquezas, e azul, que traz à tona a necessidade da empresa estar sempre atenta em relação às estratégias de defesa.

Outra grande possibilidade de inserção no mercado de trabalho do profissional é como auditor. Por exemplo, perito em informática, em detectar ataques e extrair provas para realizar auditorias, denunciar crimes e preparar planos de ação com o objetivo de prevenir futuros casos de fraude, roubo, assédio, extorsão e muito mais. Além disso, fabricantes responsáveis por plataformas globais, tais como Apple, Microsoft, Google, VU e SAP, precisam de profissionais com estas competências para atualizar seus produtos e manter ao máximo a internet livre de problemas.

Estas são apenas algumas das inúmeras possibilidades disponíveis no mercado, mas existem outras alternativas para o hacker que, como é possível perceber, se tornou e se tornará cada dia mais imprescindível para garantir que as informações dos usuários e das instituições estejam seguras frente à aceleração exponencial da transformação digital vivida hoje.

*Sebastian Stranieri é fundador e CEO da VU, especialista em cibersegurança

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