A notícia, trazida em primeira mão pelo novo secretário de Saúde de Santo André, Gilvan Júnior, em entrevista exclusiva publicada nesta edição do Diário, é importante sob o ponto de vista de ampliação do atendimento na rede pública. O titular da Pasta informou que, a partir do próximo mês, os usuários do sistema de saúde municipal poderão contar com o serviço de telemedicina, hoje implementado pelas principais operadoras de saúde e que deu um salto de desenvolvimento durante a pandemia da Covid-19.
Em tempos de avanço na tecnologia, garantir uma consulta por meio da tela do computador, sem que com isso signifique diminuição do contigente de profissionais do setor, é uma saída inteligente adotada pela administração do prefeito Paulo Serra (PSDB). O fato é que ganham todos: o paciente com sintomas leves – os que deverão ser beneficiados inicialmente pela medida –, que ficarão menos tempo nas unidades e com uma resposta mais rápida de sua demanda, o paciente mais grave, que não irá mais dividir fila com quem poderia ter justamente outro tipo de atendimento, o médico, que, à distância, pode garantir o atendimento necessário de quem quer uma avaliação de um profissional especializado, e o poder público, que vai otimizar o destino dos recursos para o setor, sem desperdício e com mais foco.
O modelo vai comecar, em formato piloto, em uma unidade da UPA, que será decidido nos próximos dias. Na conversa com a reportagem, Gilvan disse também que o serviço vai ser implementado, logo depois, nas unidades básicas de saúde, possivelmente em abril ou maio.
O secretário também falou sobre implementação de outras medidas tecnológicas, como o prontuário eletrônico, que também ajuda a reduzir custos e ainda garante um atendimento com mais qualidade. E a informação também fundamental: que nenhum avanço tecnológico será mais valorizado do que a busca por um atendimento mais humanizado. Quando as duas iniciativas caminham juntos, a população sai ganhando.