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Em sete dias, a França perdeu dois grandes símbolos da sua cena cultural

Foto/Reprodução.

A atriz Anouk Aimée morreu nesta terça-feira, 18 de junho de 2024. Era um ícone do cinema francês. Tinha 92 anos.

Não há dúvidas de que foi Um Homem, Uma Mulher, que Claude Lelouch realizou em 1966, que consolidou em definitivo a imagem internacional de Anouk Aimée.

Goste-se ou não do filme de Lelouch, nele, Aimée e Jean-Louis Trintignant formaram um par inesquecível ao som do igualmente inesquecível tema musical composto por Francis Lai.

Anouk Aimée trabalhou com grandes diretores, dentro e fora da França. Gosto muito da Maddalena que ela faz em A Doce Vida, de Fellini. É uma das mulheres que passam pela peregrinação do personagem de Marcello Mastroianni. Sob Fellini e com Mastroianni, também está em Oito e Meio.

Foto/Reprodução.

Uma semana antes de Anouk Aimée, no dia 11 de junho de 2024, a França perdeu a cantora Françoise Hardy, essa da segunda foto que ilustra a coluna.

Hardy, de 80 anos, tinha câncer há muitos anos. Chegou a pedir ao presidente Emmanuel Macron a legalização do suicídio assistido, pelo qual teria optado para evitar o sofrimento que a doença lhe impôs.

Françoise Hardy era um símbolo poderoso da canção popular da França. Fez muito sucesso nos anos 1960 e, platonicamente, foi amada pelo jovem Bob Dylan.

Em 2003, Bernardo Bertolucci homenageou Hardy em Os Sonhadores. Ilustrou com Tous les Garçons et les Filles a cena em que os namorados vão ao cinema.

Anouk Aimée. Françoise Hardy. Nelas, sobravam talento e beleza.