No futebol, o verbo “tropeçar” significa deixar de somar pontos importantes. E foi exatamente isso que aconteceu com a Seleção brasileira após empatar com a Costa Rica em 0 a 0, a equipe mais fraca do Grupo D, na sua estreia na Copa América 2024. A soberba, cada vez mais evidente dos jogadores que vestem essa camisa lendária, se refletiu em uma atuação sem criatividade, decisão e poder de fogo.
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No campo reduzido do SoFi Stadium, em Los Angeles, a Costa Rica adotou uma estratégia defensiva rígida, colocando um “ônibus” em frente à sua grande área. Essa tática, assertiva para um time mais limitado tecnicamente, praticamente minou as investidas brasileiras. Embora o Brasil tenha finalizado 19 vezes, apenas três chutes acertaram o gol, reflexo da dificuldade em encontrar espaços e criar oportunidades claras.
A seleção brasileira demonstrou uma preocupante falta de refinamento, algo que outrora era sua marca registrada. A soberba parece ter contaminado a equipe, que, apesar de se sentir superior, não conseguiu superar a defesa da possante Costa Rica. A equipe centro-americana até tentou subir a marcação, mas rapidamente voltou à sua postura defensiva, que se mostrou eficaz.
O gol de Marquinhos, que poderia ter mudado a história da partida, foi corretamente anulado pelo VAR. Apesar desse momento, o desempenho geral foi decepcionante. Por outro lado, é importante ressaltar que a dupla Bruno Guimarães e João Gomes se destacou no meio-campo, mas isso não foi suficiente para compensar a apatia ofensiva.
Vinícius Júnior, principal cotado para ser eleito o Melhor do Mundo em 2024, teve mais uma atuação abaixo das expectativas. Substituído por Endrick, que também não trouxe o impacto desejado, o Brasil permaneceu preso na defesa costarriquenha.
Com o empate, a seleção brasileira se vê obrigada a encontrar soluções rapidamente. A partida contra o Paraguai, em Las Vegas, será fundamental, e apenas a vitória interessa para buscar a classificação à próxima fase da competição.
A equipe precisa superar a soberba e mostrar o futebol que a consagrou, caso contrário, a campanha na Copa América, do técnico pragmático Dorival Júnior, pode se transformar em um grande fiasco.
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