Para quem apostava na divisão do grupo do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), para as eleições de outubro, viu uma cena até um dia desses improvável.
No mesmo palanque da convenção partidária, nesta segunda (05), exaltando a união e a necessidade de estar no mesmo projeto, estavam alguns dos personagens principais da política de Campina nos últimos anos.
Na convenção, a candidatura uniu o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), os senadores Efraim Filho (União Brasil), Veneziano Vital (MDB), o ex-candidato a governador, Pedro Cunha Lima (PSDB), o deputado estadual Tovar Correia Lima e o federal Romero Rodrigues (Podemos).
No caso do grupo de Romero, que oficialmente só declarou não ser candidato hoje, foram meses de indefinição, fogo amigo e ameaças de rompimento. Recados subliminares nas redes sociais. Tovar chegou a fazer críticas mais diretas ao gestor.
Bombeiros como Efraim entraram no circuito. Veneziano mandou indiretas, mas sustentou o apoio sem condicionantes ao prefeito.
Cássio e Pedro silenciaram em alguma momento, mas recentemente deixaram claro onde estariam, com Bruno.
Romero, indeciso, perdeu apoio da oposição, onde parecia que iria encontrar abrigo.
Hoje, alegou problemas familiares para não se candidatar e pediu desculpas à população de Campina Grande.
“Conte com nossa ajuda, com minha humilde contribuição”, afirmou Romero na convenção.
Para a vice, Romero emplacou um aliado de primeira ordem, o presidente municipal do Podemos na cidade, Alcindor Villarim.
Em entrevista durante a manhã, não condicionou o apoio à vaga, mas, pelo visto, aproveitou o espaço vazio, sem um nome mais forte na disputa.
Cássio
“Este é um momento histórico da política de Campina Grande pela sua dimensão e pela intensa participação da comunidade, especialmente de partidos e de lideranças aliadas. A convenção do União Brasil reafirma a união dos verdadeiros segmentos políticos comprometidos com o desenvolvimento de nossa cidade”, declarou.
