Técnico do Vasco, Fábio Carille mostrou preocupação com o lado mental da sua equipe depois da derrota por 1 a 0 para o Flamengo neste sábado, no Nilton Santos, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca. As equipes voltam a se enfrentar no próximo sábado, no Maracanã.
Para o treinador, o Vasco sentiu muito depois de sofrer o gol marcado por Bruno Henrique, aos 21 minutos do segundo tempo.
– Primeiro tempo brigamos, lutamos, quisemos lutar e até passamos um pouquinho da dose de tanta vontade. Na parada técnica pedi para eles terem calma. Começou a amarelar muito cedo. No segundo tempo eles começaram a usar muito o Rossi, começou a levar o nosso time para trás e isso tirou um pouco da nossa paciência – avaliou o treinador na entrevista coletiva.
“Não é a primeira vez que acontece, eu tenho que trabalhar muito o mental desse time. Quando toma um gol parece que tudo acabou. A gente trabalha para não tomar gol, mas faz parte do jogo. Tem que ficar firme, forte, mas a gente se entrega. Esse é um trabalho meu”, completou.
– Temos que buscar esse equilíbrio o jogo todo. Fizemos 25 minutos bons contra o Fluminense mas depois nos perdemos, às vezes é um bom primeiro tempo e um segundo tempo ruim. É buscar equilíbrio – concluiu ele.
Carille também comentou a impaciência da torcida no Nilton Santos quando perguntado sobre o que fazer para trazer o torcedor para o seu lado.
– É ganhando. É tendo a atitude do primeiro tempo e trazendo o torcedor ao nosso favor. Esse descontentamento do torcedor não vem de hoje. Isso se passa por tudo isso que o Pedrinho está trabalhando e está tentando fazer, ele vai fazer o Vasco ser muito forte. Está resolvendo um monte de coisa aos poucos – disse ele.
– Os três adversários aqui do Rio conquistando nos últimos anos. Botafogo, Fluminense e Flamengo conquistando, isso traz uma impaciência ainda maior do torcedor. Nós aqui dentro temos que saber isso. E tem que continuar trabalhando, tá? É um grupo qualificado e que agora é o meu trabalho e da minha comissão para que a gente seja mais organizado dentro de campo durante os 90 minutos – concluiu.
Flamengo e Vasco fazem o segundo jogo da semifinal do Carioca no próximo sábado, às 17h45 (de Brasília), no Maracanã. Antes disso, o time de Carille tem um compromisso importante contra o Nova Iguaçu na quarta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil.
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Por que não começou com os reforços (Loide, Garré e Nuno) como titulares?
– Essa pergunta é a mais fácil do mundo para responder. Vêm (pontas contratados) de um clima frio, dificuldade durante a semana, se coloca para iniciar não sei nem se termina o primeiro tempo. São bons jogadores mas vão ter que passar por uma adaptação.
Pouco espaço para Sforza
– É um jogador muito técnico, sendo muito profissional mesmo nessas condições. Daqui a pouquinho teremos que sentar e ver o que é melhor para o Vasco. Temos muitos jogadores de qualidade de trabalho, para que possamos abrir para garotos, para poder que esses meninos venham. Todos merecem atenção. Teremos que fazer esse processo pelo bem do Vasco.
Como melhorar o desequilíbrio?
– Esse equilíbrio passa muito por uma organização melhor, pelos atletas terem melhores escolhas e a gente organizar melhor a bola nos pés. Muitas vezes entregamos a bola assim que recuperamos. É um pouco de tudo. Temos jogadores qualificados chegando. Agora é trabalhar, deixar as coisas bem claras para os atletas, principalmente os que estão chegando, para melhorar.
Próxima semana decisiva
– É o mental. Tem que virar a chave e pensar só na Copa do Brasil porque lá não tem espçao para erros. Sabemos do momento do Flamengo e do nosso. É usar nossas armas. Teremos pouco tempo, mas já sei o que é o futebol brasileiro. É muito vídeo, conversa… Não é reclamar e sim buscar alternativas. É ter esse equilíbrio o quanto antes para ter uma regularidade maior.
Nova Iguaçu na quarta-feira
– É uma equipe que fez um bom campeonato ano passado, sendo vice-campeão. Muitos jogadores do ano passado continuam, acho que sete jogadores de 2024 estavam no jogo contra o Vasco (no Carioca). É fazer o nosso e ter uma boa estratégia ofensiva e defensiva.
Chances perdidas contra o Flamengo
– Foi um jogo de poucas oportunidades dos dois lados. Foi a bola na trave do Flamengo e a do Rayan, além da bola do João Victor. Um jogo decidido no detalhe, Bruno Henrique acertou um chute no ângulo. Temos que ter a consciência de ter regularidade o tempo inteiro.
O que mudar para o jogo da volta?
– Antes de sábado tem Copa do Brasil, tá? É muito sério. Não dá para pensar no Flamengo antes disso. A responsabilidade é toda nossa contra o Nova Iguaçu. É preparar melhor os jogadores que estão chegando, entender o que é Vasco, entender o que é jogar com essa camisa. Se eu coloco para jogar na quarta também seria um aprendizado. Estou tendo que acelerar tudo. O início não foi igual do segundo tempo, mas a gente meio que se entrega depois que leva o gol. O gol faz parte do jogo. Temos que continuar se entregando.
Fonte: ge
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