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Meu Campus tem Educomunicação: projeto de Extensão reúne mídia, educação e trabalho colaborativo no Campus Birigui – IFSP

Em 2025 o projeto se converterá em disciplina por meio da Curricularização da Extensão

O Projeto de Extensão “Educomunicação: mídia, educação e trabalho colaborativo no Campus Birigui” foi criado em 2024 com objetivo de produzir conteúdos midiáticos, por meio da utilização dos equipamentos disponibilizados junto ao StudioLab (estúdio de produção, edição e publicação/disseminação midiática do Campus Birigui).

De acordo com o coordenador da ação, professor Wilson Roberto Batista, os conteúdos são produzidos na perspectiva da Educomunicação, entendida como um conjunto de ações inerentes ao planejamento de processos, programas e produtos destinados a criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos. O ecossistema comunicativo representa um ideal de relações, construído coletivamente em um determinado ambiente, com a intenção de favorecer o diálogo social e o respeito às diferenças, considerando, inclusive, as potencialidades dos meios de comunicação e das tecnologias.

Segundo o coordenador, a criação do projeto teve como maior motivação a necessidade de proporcionar aos discentes uma formação em educação midiática. “É importante a gente ter um cuidado com a mídia, sobretudo na contribuição que ela tem na disseminação e divulgação científica. Diante do cenário de tantas fake news, é necessário que a gente apreenda recursos para uma produção de mídia de qualidade e com base científica, sobretudo”, contou o professor.

Em 2024 o projeto contou com o trabalho dos bolsistas Felipe Estavare da Silva, aluno do curso Técnico Integrado em Informática, e Ingrid Alves Oliveira de Jesus, estudante do curso de Engenharia da Computação. Durante o ano passado, a equipe produziu conteúdos de divulgação e cobertura sobre vários eventos realizados no campus, a exemplo do Festival Indígena e do Festival Afro-Brasileiro, além de competições e seminários. O grupo também desenvolveu um produto midiático, o podcast “BrIFala”.

“Nos episódios do podcast, foram abordados temas como meio ambiente e agricultura familiar, e falamos de projetos de karatê e xadrez que são desenvolvidos aqui no Instituto”, contou Wilson. Segundo o coordenador, tanto a linguagem quanto a técnica, o manuseio de equipamentos como câmeras, tripés, iluminação, som, chroma key, foram grandes desafios, mas se tornaram importantes aprendizados. Ele também destacou que houve um trabalho colaborativo, no qual o grupo pôde contar com a ajuda de colegas de outros cursos que também deram a sua contribuição. Os episódios do podcast estão disponíveis no canal ObservatórioBri.

A aluna Ingrid Oliveira contou que criar e apresentar o podcast BrIFala foi um grande desafio e uma experiência única. “Um dos meus maiores desafios enfrentados foi lidar com a ansiedade, aquele frio na barriga, tinha que a gente ficar responsável por promover a conexão com o nosso convidado e lidar com aquela emoção mesmo, com a ansiedade a cada pré-episódio, sair da zona de conforto. E o que eu vou levar para a minha vida é saber o quanto a tecnologia pode conectar as pessoas e principalmente em ter aprendido um pouco mais sobre produção de conteúdo audiovisual”, afirmou. O colega dela de bancada no BrIFala, Felipe Estevare, afirmou que o mais difícil foi superar o nervosismo, mas até isso melhorou, graças ao projeto. “Foi muito bom para a minha formação acadêmica. Melhorou muito minha comunicação, diminuiu meu nervosismo, aprendi a trabalhar sob pressão e com improvisação.”

O professor Wilson contou ainda que, neste ano, o projeto se converterá em uma disciplina, a qual será ofertada aos estudantes ingressantes da Licenciatura em Matemática, por meio da curricularização da Extensão. O intuito é que os futuros professores possam utilizar a mídia como recurso de ensino e aprendizagem.