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Meu campus tem: projeto no Museu de Paleontologia – IFSP

Estudantes do Campus Votuporanga colaboram na organização do museu, que já recebeu mais de três mil visitantes

Clique na imagem e assista o vídeo para conhecer mais sobre o projeto

 

“Um lugar onde as crianças ficam entusiasmadas e os adultos tornam-se crianças. Um local onde são despertadas a curiosidade e a imaginação.” Assim é o Museu de Paleontologia de Fernandópolis sob o olhar de Carlos Eduardo Maia de Oliveira, professor de Biologia do Campus Votuporanga do IFSP. Cadu, como é mais conhecido, é o idealizador do museu, que saiu do papel graças a uma parceria entre a Prefeitura de Fernandópolis, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a Universidade Federal de Brasília (UnB) e a Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF).

O professor revela que o museu é a materialização de um sonho de mais de 20 anos. “Lutei muito por essa conquista. O local conta com peças raríssimas, e a nossa proposta é que outros elementos e fósseis sejam adicionados à coleção em breve”. Para que pudesse abrir as portas para visitação, o espaço localizado na antiga estação ferroviária de Fernadópolis precisou ser todo preparado, e para isso Cadu contou com o apoio de dois estudantes do Campus Votuporanga, que colaboraram com a iniciativa por meio de um projeto de Extensão.

Maria Laura Passos Motta e Marcius Gabriel Scriboni da Costa Arantes, ambos estudantes do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, ajudaram nos preparativos dos mostruários. Além disso, foram os responsáveis por produzir as fichas de identificação dos fósseis. “Sempre fui interessada em arqueologia e paleontologia, foi incrível poder pegar os fósseis na mão e pesquisar sobre cada um para fazer as fichas”, diz Maria Laura.

Em 2025, o projeto de Extensão terá continuidade com bolsistas auxiliando na difusão do conhecimento paleontológico do acervo para os visitantes.

Acervo

O Museu de Paleontologia de Fernandópolis reúne mais de 180 peças de fósseis de vertebrados, invertebrados e plantas, coletados no noroeste paulista, além de fósseis de outras regiões do país. O grande destaque do acervo é um fóssil de Baurussuquídeo, de 80 milhões de anos, descoberto na cidade em 2010, e que retorna a Fernandópolis-SP depois de mais de uma década de preservação na Universidade de Brasília (UnB), onde serviu como material para diversas pesquisas científicas.

A espécie viveu no atual noroeste paulista quando na flora da região predominavam as plantas sem frutos (gimnospermas e pteridófitas), não havia grama e o clima era quente (semiárido). Predador terrestre de primeira linha, teve um ancestral que viveu no supercontinente da Gondwana, que se fragmentou em América do Sul, África e Oceania.

Também viveu na região o Abelissaurus, um dinossauro carnívoro, cujos dentes estão no acervo, que conta com um painel de 7×4 metros ilustrativo do paleoambiente da época.

Visitas

Desde sua inauguração, em dezembro de 2024, o Museu de Paleontologia de Fernandópolis  já recebeu mais de três mil visitantes de dez estados. Ele está localizado na Rua João Gosselein, número 1470, Bairro Santa Rosa. A entrada é gratuita, e os horários para visitação são de terça a sexta, das 9h às 11h e das 13h às 17h. Aos sábados, a população pode visitar o acervo das 13h às 19h. O telefone para contato é (17) 3442-3797. O museu é mantido pelo poder público municipal de Fernandópolis.

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