ENTRETENIMENTO

Reconhecimento facial passa a ser obrigatório no Brasil em estádios com mais de 20 mil lugares

Reconhecimento facial passa a ser obrigatório no Brasil em estádios com mais de 20 mil lugares

CEO da Imply explica a tecnologia de reconhecimento facial nos estádios

Agora é oficial. Os estádios com capacidade de pelo menos 20 mil torcedores passam a ter necessidade de usar a tecnologia de reconhecimento facial para entrada do público em seus eventos. A lei geral do esporte, publicada em 14 de junho de 2023, deu o prazo de dois anos para a regularização das arenas à norma. Confira abaixo o artigo 148, que determinou a obrigatoriedade:

Art. 148. O controle e a fiscalização do acesso do público a arena esportiva com capacidade para mais de 20.000 (vinte mil) pessoas deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas e com identificação biométrica dos espectadores, assim como deverá haver central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente e o cadastramento biométrico dos espectadores.

Nas últimas semanas, o ge procurou mais de 60 estádios pelo Brasil para saber como anda o funcionamento da tecnologia em cada um deles. De maneira geral, todos os estádios já estão com todos ou quase todos os setores do estádio com catracas com o reconhecimento facial em operação. O principal objetivo da tecnologia é proporcionar mais segurança, atrair mais famílias e acabar com as fraudes nos ingressos de grandes eventos pelo país.

A paralisação do futebol na Série A durante a Copa do Mundo de Clubes também ajudará algumas arenas a finalizarem a instalação da tecnologia do reconhecimento facial em suas catracas de controle de acesso. É o caso da Neo Química Arena, em São Paulo.

Uma das principais empresas de tecnologia do segmento no Brasil, a Imply é responsável pela implementação do reconhecimento facial em mais de 10 estádios no país. O ge conversou com Tironi Ortiz, CEO da empresa, para entender como funciona a tecnologia e saber quais os custos necessários para implantação do sistema.

O pacote completo com instalação de catracas, servidores e módulos leitores pode chegar a três milhões de reais em um estádio com porte de 40 mil pessoas. Esse valor varia de acordo com a estrutura da arena. Quando o local já dispõe de uma infraestrutura básica há uma redução do valor. O custo pode variar entre um milhão e três milhões de reais, dependendo da característica do equipamento adquirido.

– Depende muito do número de equipamentos, se já tem as catracas e a gente só vai fazer uma customização com o módulo leitor. Se não tem a catraca e vai querer a catraca com os módulos leitores vai ser outro valor. Se tem servidores já na estrutura dele, por exemplo, a gente usa também servidores espelhados para poder, por exemplo, falhou um servidor você vai colocar outro servidor que automaticamente entra em funcionamento. Os servidores também têm um custo significativo. Muitas vezes, o estádio já tem os servidores.

– Tem várias formas de comercialização do sistema. Tem estádios que preferem contratar pagando por acesso por pessoa, então pagam um valor fixo por acesso por pessoa. Tem outros estádios que preferem comprar o equipamento e depois só pagar prestação de serviço, por exemplo, do onboard do cadastro das faces. Então, depende de estádio para estádio, de cliente para cliente – explicou Tironi.

Entre os estádios consultados pelo ge e que liberaram a informação dos custos para implantação da tecnologia, o estádio com maior investimento foi o Kleber Andrade, com gastos acima de cinco milhões de reais (veja mais na lista no fim da matéria).

O CEO da Imply explicou que o sistema funciona com inteligência artificial com algoritmos que relacionam mais de 100 pontos na face de cada pessoa que entra no estádio. Segundo Tironi Ortiz, a empresa foi a primeira do segmento a se integrar com o sitema CORTEX, do Ministério da Justiça, para validar os dados de cada pessoa que ingressa nas arenas. Na etapa de onboarding, o usuário registra o rosto e envia um documento, cujos dados são extraídos via inteligência artificial. Essas informações são validadas em bases do governo para confirmar a correspondência entre rosto e documento, prevenindo fraudes.

– Hoje o nosso sistema Imply Eleven Tickets tem uma acuracidade de 99,9%. A gente é a única empresa do Brasil com a certificação ISO 27001, que é a segurança da informação. Todos os dados que a gente coleta são de propriedade do clube. O clube é detentor desses dados e utiliza esses dados para poder valer junto às forças de segurança de cada estado. Outra coisa bacana que a Imply desenvolveu, que a gente está colocando em todos os estádios, é integrar a nossa solução com o sistema de CFTV do estádio.

– Então, por exemplo, o Roberto entrou dentro do estádio, por exemplo, no Castelão. Agora, eu quero saber aonde que o Roberto está sentado dentro do estádio. Com o sistema de CFTV, eu te rastreio e digo, olha, você está no setor leste, na cadeira tal, na fila tal. Então, sei exatamente onde você está se tiver que fazer alguma intervenção. Isso traz mais segurança e isso foi a novidade que a gente tinha através da API nossa, a gente consegue integrar dentro do CFTV de cada estádio.

Veja abaixo a situação de cada um dos estádios com capacidade acima de 20 mil torcedores:

Maracanã

  • Capacidade: 73.609 pessoas
  • Operação: 100% facial em todos os setores até fim de junho.

Mané Garrincha

  • Capacidade: 72.000 pessoas
  • Operação: A Arena BRB já possui o reconhecimento facial em alguns setores e vem realizando testes para sua implantação completa. A expectativa é ter o sistema em todo o estádio para a Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027.

Morumbis

  • Capacidade: 65.000 pessoas
  • Operação: 100% desde o jogo contra o Mirassol, em 24 de maio. O estádio já contava com uma central de monitoramento por imagem antes da implantação do sistema de reconhecimento facial para entrada dos torcedores.

Castelão (CE)

  • Capacidade: 63.904 pessoas
  • Operação: concluída a instação das catracas de reconhecimento facial com auxílio da Imply.

Mineirão

  • Capacidade: 61.890 pessoas
  • Operação: 100% implementado a infraestrutura e o sitema de reconhecimento facial em todas 128 catracas.

Nota do estádio:

O sistema foi desenvolvido pelas equipes de tecnologia e inovação do estádio e respeita todos os princípios previstos pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). O estádio iniciou os testes em outubro do ano passado e, desde abril deste ano, já solicita o cadastramento biométrico para a compra de ingressos nas áreas de hospitalidade, cujas entradas são vendidas pelo próprio Mineirão.

O uso do sistema de acesso por biometria facial para todo o estádio requer a colaboração da tiqueteira do Cruzeiro, que faz a venda para os demais setores do estádio. Por fim, o Mineirão ressalta que possui mais de 400 câmeras de vigilância em diferentes pontos do estádio, que estão à disposição das autoridades para auxiliar em investigações, quando solicitado.

Arena do Grêmio

  • Capacidade: 55.662 pessoas
  • Operação: em funcionamento.

Beira-Rio

  • Capacidade: 50.842 pessoas
  • Operação: 100% desde o jogo de 1º de junho, com exceção da área do Coração do Gigante, que iniciou o processo há pouco tempo. A infraestrutura do estádio atende de forma plena ao novo cenário tecnológico.

Neo Química Arena

  • Capacidade: 48.905 pessoas.
  • Operação: em andamento. O estádio informou que não terá nenhum jogo até o dia 12 de julho, prazo suficiente para regularização, sem necessidade de operação de jogos com capacidade abaixo de 20 mil pessoas até a data do próximo compromisso.

Casa de Apostas Arena Fonte Nova

  • Capacidade: 48.661 pessoas.
  • Operação: 100% desde o dia 7 de junho. O estádio informou ainda que dispõe de uma central de atendimento online, com suporte todos os dias da semana aos usuários com dificuldade em realizar o cadastro.

Prudentão

  • Capacidade: 45.954 pessoas.
  • Operação: o ge entrou em contato, mas o estádio não confirmou se houve regularização da tecnologia.

Arena de Pernambuco

  • Capacidade: 45.500 pessoas
  • Operação: em fase final para assinatura do contrato. A arena já tem infraestrutura para esse tipo de equipamento.
  • Custo: R$ 1.375.000,00 – o custo de implantação já inclui seis meses de suporte com cobertura total. Após esse prazo, o estádio fará uma nova avaliação para a necessidade de contrato de manutenção.

Arena MRV

  • Capacidade: 44.892 pessoas.
  • Operação: em funcionamento.

Arena da Amazônia

  • Capacidade: 44.300 pessoas.
  • Operação: encaminhado para abertura de licitação. O estádio não informou se irá ficar fechado ou se irá operar com capacidade abaixo de 20 mil pessoas.

Allianz Parque

  • Capacidade: 43.000 pessoas.
  • Operação: O Palmeiras foi o primeiro clube do mundo a implementar acesso por biometria facial em 100% do seu estádio, ainda em 2023. Importante salientar que o sistema de biometria facial é utilizado somente nas catracas do Allianz Parque e com finalidade de acesso à arena. As câmeras de vigilância instaladas no estádio não funcionam por reconhecimento facial.

Nilton Santos (Engenhão)

  • Capacidade: 42.661 pessoas.
  • Operação: em funcionamento.

Ligga Arena

  • Capacidade: 42.372 pessoas.
  • Operação: em funcionamento.

Serra Dourada

  • Capacidade: 42.372 pessoas.
  • Operação: O Campeonato Goiano já funcionou 100% com reconhecimento facial. O estádio disse ainda que o sistema de monitoramento é independente do reconhecimento facial.

Mangueirão

  • Capacidade: 42.000 pessoas.
  • Operação: está em processo de licitação para escolha da empresa encarregada de gerenciar o sistema de biometria facial nas catracas do Novo Mangueirão. O estádio não informou se irá ficar fechado ou se irá operar abaixo jogos com menos de 20 mil pessoas.

Arena Pantanal

  • Capacidade: 41.000 pessoas.
  • Operação: desde janeiro de 2024, a Arena Pantanal opera integralmente com reconhecimento facial, sem qualquer exceção. Todo o público — incluindo funcionários, sócios-torcedores e público geral — acessa o estádio exclusivamente por biometria facial.
  • Custo: Investimento inicial de R$ 200.000,00 em infraestrutura de rede, R$ 960.000,00 para aquisição de 80 catracas e 80 leitores faciais. Custo total de R$ 1.160.000,00.
  • Custo mensal: corresponde a 10% da renda bruta dos jogos do Cuiabá, que em 2025 tem média de R$ 60.000,00 por partida, além de R$ 5.000,00 mensais referentes ao aluguel das catracas (modelo aplicado para a Série B).

Informações enviada pelo estádio:

Canais de cadastramento biométrico:

  • a) Aplicativo Facepass
  • b) Portal online de cadastro
  • c) Maquininhas de cartão, que permitem cadastro simplificado e venda direta de ingressos

Bilheteria facial exclusiva: A Arena Pantanal tem bilheteria 100% facial, em que o ingresso é vinculado diretamente ao rosto do torcedor.

Suporte presencial e digital ao torcedor:

  • Sala de atendimento presencial no estádio, com atendimento integrado via WhatsApp (acessível também pelo ícone no aplicativo).
  • Tendas de suporte durante os jogos, que auxiliam no cadastramento, validação de gratuidades e conferência de documentos de meia-entrada.

Centro de videomonitoramento inteligente:

Estrutura pertencente ao Governo do Estado, atualmente em processo de integração com o Módulo Guardian do Facepass. O sistema utiliza inteligência artificial para análise automática de imagens, realizando detecções em tempo real de:

  • Pessoas procuradas pela polícia
  • Situações de brigas ou agressões
  • Presença de armas brancas e armas de fogo
  • Incêndios, fumaça e princípios de fogo
  • Pessoas caídas ou em situação de emergência médica

Couto Pereira

  • Capacidade: 40.502 pessoas.
  • Operação: 100% em todos os setores do estádio.

Pacaembu

  • Capacidade: 40.199 pessoas.
  • Operação: sistema móvel é colocado de acordo com o produtor do evento, responsável pelos controles de acessos. O mandante contrata uma empresa responsável para fazer o acesso via reconhecimento facial, com todos os equipamentos necessários.

Castelão (MA)

  • Capacidade: 39.622 pessoas.
  • Operação: o ge entrou em contato, mas o estádio não confirmou se houve regularização da tecnologia.

Parque do Sabiá

  • Capacidade: 36.276 pessoas.
  • Operação: está em fase de estudos para implantação da tecnologia de reconhecimento facial. Enquanto isso, o estádio irá operar para públicos abaixo de 20 mil pessoas. Caso o estádio seja cedido para alguma jogo maior, ficará sob responsabilidade da empresa responsável a instalação de catracas e outros equipamentos exigidos pela nova legislação.

Albertão

  • Capacidade: 36.276 pessoas.
  • Operação: a gestão do estádio Albertão está passando por mudanças e está em processo de licitação para ser gerida por Parcerias Público-Privadas (PPP). O estádio não informou se irá ficar fechado ou se irá operar com capacidade abaixo de 20 mil pessoas.

Arena Barueri

  • Capacidade: 31.452 pessoas.
  • Operação: Fechado para obras de infraestrutura. Até a reabertura, haverá acesso por biometria.

Casa de Apostas Arena das Dunas

  • Capacidade: 31.375 pessoas.
  • Operação: o estádio iniciou, ainda no início de 2023, a implantação da tecnologia de reconhecimento facial e, em fevereiro daquele ano, a biometria facial já começava a ser implementada e testada em um número limitado de catracas. No início de 2024, o equipamento já contava com 35 catracas aptas a realizar a biometria facial e atualmente, em junho de 2025, a tecnologia já está implantada em todas as suas 75 catracas.

– A operação, além de trazer expressiva otimização no tempo de espera dos torcedores nas filas – reduzindo para poucos segundos cada acesso –, trouxe também, e principalmente, uma maior segurança para os usuários, que não precisam sequer levar o ingresso impresso ao estádio, tudo através de um sistema antifraudes amplamente testado – afirmou Mateus Gurgel, diretor de operações da Casa de Apostas Arena das Dunas.

Barradão

  • Capacidade: 31.000 pessoas.
  • Operação: o acesso por biometria facial foi iniciado em agosto de 2024. O processo foi gradativo, iniciando com alguns grupos de sócios e expandindo até chegar a totalidade dos torcedores. Hoje, o estádio é capaz de realizar jogos com 100% dos acessos por biometria facial. Porém o monitoramento e sistema de controle de acessos são operados por empresas distintas.
  • Custo: R$ 1.080,000,00 prevendo custo de equipamentos, instalação nos 70 pontos de acesso.
  • Custo mensal de manutenção: 25 a 30 mil reais, envolvendo servidores, pessoal e reposição de peças.

Arruda

  • Capacidade: 30.000 pessoas.
  • Operação: 100% em todos as 60 catracas do estádio.

Arena Nicnet (Santa Cruz)

  • Capacidade: 29.585 pessoas.
  • Operação: em funcionamento, iniciada em abril de 2025 pela Imply.

Ilha do Retiro

  • Capacidade: 26.345 pessoas.
  • Operação: 100% em todos os setores do estádio.

Ipatingão

  • Capacidade: 22.500 pessoas.
  • Operação: sistema móvel é colocado de acordo com a demanda para jogos acima de 20 mil expectadores. Quando isso acontece, o mandante contrata uma empresa responsável para fazer o acesso via reconhecimento facial, com todos os equipamentos necessários. O estádio conta com uma infraestrutura de internet, que tem capacidade para absorver a demanda do vídeomonitoramento.

– Tanto a central de vídeomonitoramento como a instalação da câmera e captação das imagens, que inclusive fazem linkagem com as forças de segurança, como a polícia municipal, estadual e federal, tudo isso já é feito por empresas qualificadas para isso. O sistema é todo montado pontualmente para cada necessidade no estádio. Essa montagem não é de difícil execução. É feita com uma certa facilidade por essas empresas – afirmou Carlão Oliveira, secretário de esporte de Ipatinga.

Independência

  • Capacidade: 22.044 pessoas.
  • Operação: 100% em todas as catracas do estádio.

São Januário

  • Capacidade: 21.419 pessoas.
  • Operação: 100% em todas as catracas. Foi o primeiro do Rio de Janeiro a utilizar tecnologia em todos os portões de acesso.

Kleber Andrade

  • Capacidade: 21.252 pessoas.
  • Operação: está em fase de instalação, com previsão de conclusão em quatro meses. Enquanto a tecnologia não estiver totalmente instalada, o estádio vai operar com capacidade inferior a 20 mil pessoas em jogos de futebol. Os trabalhos de instalação do sistema são realizados em dias em que não há jogos ou eventos no local.
  • Custo: o investimento total é de R$ 5.458.782,00. Os equipamentos possuem garantia de dez anos, por isso não há custo de manutenção mensal.

Canindé

  • Capacidade: 21.004 pessoas.
  • Operação: o estádio está fazendo o cadastro e ativação da biometria primeiramente dos sócio-torcedores para em seguida realizar o cadastro dos demais torcedores. Ainda não foi feita a integração do sistema de biometria dos acessos com a central de monitoramento do estádio, mas isso será feito imediatamente após a implantação do controle facial para todos os torcedores. Até o próximo jogo, o estádio pretende finalizar o cadastro e operar 100% facial.
  • Custo: não haverá custo de implantação e manutenção da biometria facial no estádio pois este serviço já está incluído no contrato da empresa que faz a venda de ingressos para o clube. A responsabilidade é toda da CEO Sports.

Brinco de Ouro

  • Capacidade: 20.580 pessoas.
  • Operação: iniciado em 2024 em dois setores para testes. Em 2025, o estádio instaurou a obrigatoriedade nos setores. O facial é obrigatório para as compras online assim como para os sócio-torcedores. Já as compras no ponto físico não são faciais ainda. O objetivo é finalizar o ano com todos os setores com entrada 100% facial.

Luso-Brasileiro

  • Capacidade: 20.215 pessoas (operação atual com menos de 14 mil pessoas).
  • Operação: foram adquiridas cinco catracas de reconhecimento facial. Ainda está em processo de cadastro do facial nas novas máquinas para viabilizar a operação e cruzar as informações.

Fonte Luminosa

  • Capacidade: 20.205 pessoas.
  • Operação: está trabalhando para que futuramente seja implementado as necessidades apontadas na Lei Geral do Esporte, para que seja possível oferecer esses serviços a todos os promotores de eventos, sejam eles esportivos ou de outro segmento. Assim, no cenário atual o clube mandante que realize seus jogos na Arena Fonte Luminosa, pode adquirir esses serviços com empresas específicas do segmento, para que se utilizem dessa tecnologia em seus jogos. A REVEE está avaliando opções de tecnologia de catracas com biometria facial que sirvam para múltiplas funcionalidades. Enquanto isso, o estádio permanecerá aberto. Os clubes mandantes podem instalar temporariamente as catracas com biometria nos dias de jogo, usando suas próprias empresas de ingresso.

Presidente Vargas (CE)

  • Capacidade: 20.166 pessoas.
  • Operação: A implantação do sistema de reconhecimento facial no Estádio Presidente Vargas (PV) será concluída até o dia 8 de agosto.

O cronograma prevê a implementação gradual do sistema nos seguintes prazos:

  • Setor Laranja – até 1º de julho
  • Setor Azul – até 8 de julho
  • Setor Amarelo – até 15 de julho
  • Instalação das câmeras com tecnologia analítica – a partir de 22 de julho
  • Conclusão da implantação total – até 8 de agosto de 2025

A partir de 8 de agosto, a entrada de público será permitida apenas nos setores com o sistema plenamente implantado. Até o dia 30 de setembro de 2025, todos os eventos com presença de público no estádio deverão contar com o reconhecimento facial ativo em todos os acessos. As informações são da Prefeitura de Fortaleza.

Almeidão

  • Capacidade: 20.000 pessoas.
  • Operação: será implantada no segundo semestre deste ano. Enquanto não é finalizado, o estádio não informou se irá ficar fechado ou se irá operar com capacidade abaixo de 20 mil pessoas.

Amigão

  • Capacidade: 20.000 pessoas.
  • Operação: a secretaria desconhecia a obrigatoriedade do reconhecimento facial e, após o contato da reportagem, informou que passaria para os clubes venderem menos de 20 mil por jogo até a regularização.

Arena Condá

  • Capacidade: 19.351 pessoas.
  • Operação: Tendo em vista que a Lei Geral do Esporte ((Lei nº 14.597/2023) determina que o reconhecimento facial seja obrigatório em estádios com capacidade para mais de 20 mil torcedores e que a capacidade atualizada da Arena Condá é de 19.351 lugares, a Chapecoense não implementará este sistema no momento. Em contrapartida, o clube contará com um sistema de reconhecimento facial aliado às câmeras de monitoramento, reforçando as medidas de segurança.

Aflitos

  • Capacidade: 18.694 pessoas.
  • Operação: 100% em todos os setores do estádio. o Náutico está cumprindo o TAC que foi assinado entre clube e o MPPE no que diz respeito ao reconhecimento facial em todas entradas do estádio. Os sócios foram os primeiros a terem sua biometria facial cadastradas. Recentemente, foi a vez dos demais torcedores terem que cadastrar sua biometria para terem acesso aos Aflitos.

Alfredo Jaconi

  • Capacidade: 18.413 pessoas.
  • Operação: em funcionamento.

Centenário (RS)

  • Capacidade: 18.197 pessoas.
  • Operação: Apesar de não estar na obrigatoriedade, o Caxias já faz o movimento para cadastro do facial com funcionários, mas ainda não está com os torcedores.

Vila Belmiro

  • Capacidade: 15.500 pessoas.
  • Operação: 100% dos acessos controlados por reconhecimento facial. A implementação do sistema começou em junho de 2024, de forma gradual, em alguns setores do estádio, e foi concluída integralmente no fim do ano passado. Como parte de um projeto de modernização e segurança, o sistema biométrico também será interligado à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

– O reconhecimento facial é um avanço fundamental no combate à atuação de cambistas e na garantia de mais conforto e segurança para os nossos torcedores e sócios. Já notamos uma melhora significativa neste aspecto em 2025, e também uma economia relevante ao reduzirmos fraudes nos acessos ao estádio – destacou Marcelo Teixeira, presidente do Santos.

Bezerrão (DF)

  • Capacidade: 13.000 pessoas.
  • Operação: A Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal informa que está conduzindo estudos técnicos preliminares para viabilizar a implantação de tecnologia de reconhecimento facial nos estádios sob gestão do GDF. No caso do Estádio Valmir Campelo Bezerra (Bezerrão), as tratativas internas seguem em andamento, considerando as especificidades da arena, o cenário atual de uso e os critérios técnicos em análise.
  • Custo: Quanto aos custos de implantação, operação e manutenção, esses aspectos também fazem parte do escopo dos estudos em curso, que envolvem diferentes áreas do Governo do Distrito Federal.

Pituaçu

  • Capacidade: 10.000 pessoas.
  • Operação: A área técnica da Sudesb, responsável pela gestão do Estádio de Pituaçu, trabalha, neste momento, fazendo o levantamento de todos os equipamentos e necessidades para construir o termo de referencia, documento imprescindível para que seja a feita a licitação deste serviço. Portanto, neste momento, não dispomos, ainda, de detalhamentos de valores e outros. O Estádio de Pituaçu tem sediado jogos com público muito pequeno. Mas o equipamento terá a identificação facial assim que licitação for feita e o serviço executado, integrando o estádio ao Sistema Nacional de Esporte (Sinesp). Mas as providências estão sendo tomadas para instalação dos itens de reconhecimento facial exigidos pela legislação vigente.

Municipal Juiz de Fora

  • Capacidade: 10.000 pessoas.
  • Operação: não há previsão para a implantação da tecnologia.

Nota da Secretaria de Esportes e Lazer de Juiz de Fora:

Atualmente, não há previsão para a implantação da tecnologia de reconhecimento facial no Estádio Municipal de Juiz de Fora. De modo geral, o estádio é liberado para receber até 10 mil torcedores, conforme autorizado pela Polícia Militar. Para jogos com público superior a esse limite, o organizador deve providenciar a instalação de catracas eletrônicas e sistema de monitoramento por imagens. Nesse caso, a PMMG emite um novo laudo de segurança específico para a realização do evento.

Segundo a Portaria nº 55 do Ministério do Esporte, que estabelece os requisitos mínimos obrigatórios nos laudos técnicos dos estádios, não há, até onde sabemos, exigência de reconhecimento facial para arenas com capacidade inferior a 10 mil pessoas. Caso tenha havido alguma atualização, ainda não fomos comunicados — esse tipo de informação costuma ser repassado pelas federações estaduais.

Sendo assim, o uso da tecnologia de reconhecimento facial se tornará uma nova exigência para os clubes que desejarem utilizar o Estádio Municipal com público a partir de 20 mil torcedores. Até então, as exigências se restringiam à instalação de catracas eletrônicas e à infraestrutura de monitoramento por imagens.

Além dos estádios listados acima, o ge também entrou em contato com outras arenas com capacidade abaixo de 20 mil pessoas, tais como Arena América, Arena da Floresta, Arena Joinville, Boca do Jacaré, Boca do Lobo, Colosso da Lagoa, Douradão, Manduzão, Moisés Lucarelli, Morenão (MS), Olímpico Regional e Teixeirão (SP). Nenhum deles tem a tecnologia de reconhecimento facial em operação neste momento.

Fonte: ge