“O Maracanã representa um sonho de criança. Me recordo de quando ainda era garoto, em Domingos Martins, minha cidade natal. A gente brincava de futebol dizendo que era jogador do Vasco e sonhava jogar no Maracanã, em São Januário… O Maraca ainda mais por ser o maior estádio do mundo e onde os craques desfilavam. Foi um sonho de um menino do interior do Espírito Santo que se tornou realidade. O estádio representa muita coisa”, destacou.
Carlos Germano, o segundo jogador com mais partidas pelo Vasco (632), atrás de Roberto Dinamite, brilhou na década de 1990 e participou de momentos históricos do clube. Alguns deles foram a conquista do Brasileiro de 1997 e o tricampeonato carioca (1992, 1993 e 1994), que teve sentimento diferente após a morte de Dener, aos 23 anos, em um acidente de carro, em abril de 1994.
“Lembro muito do tricampeonato carioca no Maracanã, mas o que ficou na memória mesmo foi o Brasileirão de 1997. Um ano importantíssimo e que depois nos levou à conquista da Libertadores. O Carioca teve uma comoção porque a gente tinha o Dener do nosso lado e o perdemos nas finais, nós sentimos demais aquele momento. Três anos depois, o Edmundo brilhou no Brasileiro. O Vasco jogava pelo empate nas duas finais contra o Palmeiras e eu não podia tomar gol (os jogos terminaram 0 a 0). Era uma pressão. Então, vai ficar lembrado para sempre, foi o meu primeiro título nacional”, frisou.
Para Carlos Germano, ter atuado no Maracanã é uma história para guardar com imenso carinho. O ex-goleiro viveu o auge da carreira pelo Vasco e foi o último jogador do clube a ir à uma Copa do Mundo com a Seleção — foi reserva de Taffarel em 1998, na França.
Na edição de amanhã, será a vez de Túlio Maravilha contar suas histórias, no Maraca, vestindo a camisa do Botafogo.
Fonte: O Dia