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Próximo do Vasco, Álvaro Pacheco é conhecido como 'treinador do povo' e 'corajoso' – VASCONet

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Próximo do Vasco, Álvaro Pacheco é conhecido como ‘treinador do povo’ e ‘corajoso’ Terça-feira, 14/05/2024 – 09:05 O Vasco está próximo de ter um novo técnico: Álvaro Pacheco. O português de 52 anos, atualmente no Vitória de Guimarães, de Portugal, tem negociações avançadas com o clube carioca.

Para conhecer mais o técnico, o ge recorreu a dois jornalistas que acompanharam a carreira de Álvaro Pacheco desde o início. Ambos destacaram a personalidade do português, a quem se referiram como um “treinador do povo” e que forma equipes ofensivas.

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— Ele é o treinador do povo. É adequado para clubes que tenham uma grande torcida apaixonada, mas que exijam essa proximidade. Aquele clube do povão mesmo, que enche o estádio, que precisa que o treinador bata no peito, mexa os braços, que corra pela linha lateral. O Álvaro Pacheco pode ser tudo isso. Vive o jogo de forma muito apaixonada. A relação dele com os jogadores é muito forte — disse Carlos Rodrigues, jornalista do SportTV, de Portugal.

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Álvaro Pacheco, técnico do Vitória de Guimarães — Foto: Diogo Cardoso/Getty Images

Os jornalista portugueses disseram que o treinador tem uma ligação de muita identificação com os jogadores com quem trabalha. Segundo eles, Álvaro Pacheco trabalha bastante a questão motivacional dos atletas.

— Ele tem uma relação muito positiva também. Como alguém que é muito “pai” dos jogadores, que se envolve muito com eles. Sempre tenta desenvolver essa amizade e valorizar as lideranças dentro do seu grupo — disse Luís Cristóvão, comentarista na Antena 1, SIC Notícias e DAZN/ELEVEN Portugal.

— Ele chegou ao Guimarães durante a temporada. No primeiro jogo, ele estava no clube há poucos dias e, após a vitória, uma série de jogadores foI abraçar ele. Isso mostra logo como os atletas conquistam o discurso, com a paixão, com a forma como tenta conduzir as equipes. Ele trabalha muito em cima disso, muito em cima da questão motivacional — afirmou Carlos.

A identificação também ocorreu com os torcedores do Vizela e do Vitória de Guimarães, ambos de Portugal. No clube onde estourou no país, Álvaro Pacheco fez até os fãs mirins se vestirem como ele: com boina e barba.

— O grande boom do Álvaro Pacheco como treinador é no Vizela. Ele pega o clube na terceira divisão em Portugal e sobe para a primeira divisão. Fez com que o Vizela, um clube de uma cidade pequena, subisse duas vezes em dois anos. Isso é o que o traz para o sucesso, um bocadinho também ligado a um discurso. Ele tem um discurso muito apaixonado, muito próximo do povo, e isso são características muito pessoais dele — analisou o jornalista Carlos Rodrigues.

Crianças torcedoras do Vizela se vestindo como Álvaro Pacheco, que está próximo do Vasco — Foto: Reprodução

Estilo de jogo em campo: “Futebol corajoso”

Sobre os times de Álvaro Pacheco em campo, os jornalistas definiram o estilo de jogo como corajoso e ofensivo. Durante a passagem pelo Vitória de Guimarães, o treinador usou uma linha de três zagueiros, que alternava entre um 3-4-3 e um 3-5-2. No Vizela e no Estoril, a formação mais utilizada foi uma linha de quatro na defesa, em um esquema com 4-3-3 e outro com 4-2-3-1 — os quatro esquemas mais usados pelo Vasco em 2024.

— As equipes dele jogam por norma um futebol corajoso. Ele conseguiu a manutenção do Vizela, mas com uma capacidade de colocar problemas aos grandes candidatos ao título em Portugal, falamos do Benfica, do Porto e do Sporting, sobretudo, com a equipe a jogar bem — disse Carlos, do SportTV.

Como um possível ponto negativo, estão a quantidade de gols que as equipes de Álvaro Pacheco, no Vizela e no Estoril, sofriam nos acréscimos das partidas. No entanto, o problema parece ter sido resolvido no Vitória de Guimarães.

— As equipes dele tiveram, tanto no Vizela como no Estoril, havia ali um estigma que ficou um pouco colado inicialmente ao Álvaro Pacheco, que era o fato de muitas vezes sofrer gols nos acréscimos. As pessoas questionavam um pouco porque as equipes dele perdiam tantos pontos depois do minuto 90, mas esse é um dado que ele conseguiu mudar depois de chegar ao Vitória — completou o comentarista.

O principal ponto é como Álvaro Pacheco se adaptará ao futebol brasileiro, segundo os analistas que o ge conversou. Das quatro equipes em que trabalhou, três eram da zona de Minho, em Portugal, onde ele nasceu — no Fafe, no Vizela e no Vitória de Guimarães. O único time fora dessa região foi o Estoril.

Leia mais sobre Álvaro Pacheco:

Luís Cristóvão, comentarista na Antena 1, SIC Notícias e DAZN/ELEVEN Portugal.

“O Álvaro Pacheco tem uma imagem muito positiva aqui em Portugal. É um treinador que não tem muitos anos na primeira divisão. Ele trouxe o Vizela desde o fundo, na terceira liga portuguesa até a primeira. Sempre com uma pessoa muito positiva, criando ali à volta dele, não só à volta da sua imagem, mas à volta da sua personalidade, uma grande força midiática que transportou o Vizela para esse crescimento, que sempre foi sustentada também na sua forma de jogar.

Importante que os dois bons trabalhos que ele conseguiu em Portugal, no Vizela e no Vitória, são ambos em clubes do Minho — portanto, da zona onde ele vive, onde ele cresceu. Quando saiu desse contexto, no Estoril, teve mais dificuldades. Ou seja, vai depender de como a sua personalidade deve se adaptar ao contexto brasileiro e ao Vasco”, disse o comentarista.

Carlos Rodrigues, da SportTV

“Esta temporada ele acabou por ser demitido do Estoril muito cedo e agarrou este projeto no Vitória que foi a cara dele, podemos dizer assim. Ele encontrou um público que é completamente louco pelo clube, uma cidade muito apaixonada por futebol, e ele soube potenciar tudo isso. Pôs o time a jogar de forma corajosa, venceu o Sporting, que foi campeão e só teve duas derrotas — uma delas foi com o Vitória treinado pelo Álvaro Pacheco. Venceu o Porto num jogo no Estádio do Dragão, o que é nada normal na história do confronto. Empatou com o Benfica, empatou com o Braga no primeiro turno. Esta semana, curiosamente, perdeu para o Braga, com um gol depois do minuto 90, que é um “bocadinho” essa característica que pode se apontar como mais negativa do trabalho dele, mas ele tenta pôr as equipes a jogar ao ataque e com um discurso próximo dos torcedores e jornalistas.

A relação dele com a direção do Vitória esfriou muito e não ficou nada boa, pelo que parece, desde que ele foi a Lisboa se reunir com o Cuiabá. Ele rejeitou o projeto do Cuiabá porque queria ficar até acabar a temporada em Portugal. Desde então ficou praticamente certo que ele iria abandonar o Vitória no final da temporada e agora, pelo que se diz, para rumar ao Vasco”, analisou.

Fonte: ge

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