Equipes do Programa “HumanizAção” se depararam, mediante informações transmitidas por munícipes, durante as ações de abordagem social realizadas na manhã desta segunda-feira (10), com um adolescente, de 13 anos, que se encontrava perambulando pelas ruas e próximo a um terreno baldio, na Zona Leste da cidade, aparentemente sob o efeito do uso de drogas.
Segundo informações da equipe, no momento em que o garoto foi localizado, apresentava tremores, dificuldade para caminhar e recebeu os técnicos da equipe com agressividade e xingamentos. Ele demorou a se acalmar, o que só aconteceu mediante o trabalho especializado da abordagem social e, depois disso, chegou a pedir desculpas, várias vezes, para todos da equipe. Nesse momento e mediante seu consentimento, foi levado para uma unidade de saúde da Prefeitura, que, de pronto, providenciou todo atendimento médico.
Respondendo à equipe médica e de enfermagem que o atendeu, J.H. (preservando sua identidade) admitiu ter consumido algumas pedras de crack, mas sem se lembrar da quantidade exata. Ele também relatou que passou a consumir drogas há cerca de dois anos, mesmo período em que abandonou os estudos, deixando de frequentar a escola e passando a viver a maior parte do tempo perambulando pelas ruas.
As equipes de Saúde, tanto da unidade que o recebeu, a UPH Zona Leste, bem como do projeto “HumanizAção”, se recordam de já terem atendido o mesmo adolescente anteriormente. “Não é a primeira vez, infelizmente, e tudo o que está ao alcance do Poder Público oferecer e providenciar já está sendo feito”, informa a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria da Saúde (SES), Eline Araújo Vitor.
O Conselho Tutelar também foi imediatamente acionado, assim que a equipe do “HumanizAção” conseguiu fazer o encaminhamento para atender J.H.
O médico responsável pelo atendimento do adolescente, na unidade de saúde, conta, ainda, que todos os exames clínicos foram realizados. “Primeiramente, verificamos todos os sinais vitais, que não apresentaram alterações e, em seguida, realizamos os exames, para verificar, principalmente, se há algum quadro infeccioso ou algo que afete o funcionamento renal ou hepático. Aparentemente, fisicamente, ele está bem agora. E aguardamos os resultados para saber qual a melhor forma de encaminhar”, contou o médico.
Também foi acionada a Unidade de Acolhimento Infantojuvenil (UAI), na Vila Hortência, que é voltada ao atendimento de crianças e adolescentes com algum diagnóstico de transtorno metal ou necessidades decorrentes do uso de drogas. Ao mesmo tempo, o Conselho Tutelar também providencia contato com a família do adolescente atendido.