Com foco na conscientização, acolhimento e fortalecimento feminino, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) reafirmaram o compromisso do Governo de Minas com a promoção do evento “Quebre o Ciclo da Violência contra a mulher”. O evento foi realizado nesta terça e quarta-feira (20 e 21/8), em Belo Horizonte.
A iniciativa faz parte da campanha do Agosto Lilás que desenvolve ações ao longo do mês para dar ainda mais força ao comprometimento público com a temática e o diálogo sobre políticas e estratégias eficazes para melhorar a vida das mulheres, além de destacar a importância da Lei Maria da Penha, que completa 18 anos em 2024.
Contando com a participação de representantes governamentais, do legislativo e do judiciário, a abertura do evento foi no Palácio da Liberdade, onde a secretária de Desenvolvimento Social, Alê Portela, enfatizou a importância da campanha.
“Este é um momento simbólico que abre os eventos do Agosto Lilás. Minas é o berço da liberdade e estamos aqui no palco de grandes acontecimentos históricos do nosso estado que tem também como pilar a justiça social. Estamos aqui reafirmando o nosso comprometimento com esses pilares”, pontuou Alê Portela.
Avanços e desafios
Alê Portela destacou ainda as iniciativas do Governo de Minas que têm contribuído para o acolhimento e apoio às mulheres em situação de violência, como o Centro Risoleta Neves de Atendimento às Mulheres (Cerna) e o Protocolo Fale Agora, ações que oferecem suporte especializado às vítimas e ampliam os mecanismos de denúncia.
Durante a cerimônia, foram apresentados os desafios ainda presentes na luta contra a violência doméstica, em meio a tantas desigualdades que sofrem as mulheres.
Representantes do poder público reforçaram a necessidade de um trabalho integrado entre governo, sociedade civil e forças de segurança para a superação desse cenário preocupante.
Fortalecimento feminino e autoestima
Envolvido em um clima de força e união das mulheres, o evento contou com a realização do desfile Trajeto Moda, projeto da Sedese que já beneficiou mais de 450 mulheres em situação de vulnerabilidade com a oferta da capacitação profissional.
O desfile foi um momento de destaque na cerimônia, quando as participantes começaram o trajeto, do alto das escadarias do palácio, também sob elevada auto estima, mostrando que o combate à violência das mulheres também passa pela valorização delas, de forma a proporcionar sempre novas oportunidades e ferramentas para reconstruírem suas vidas.
Seminário
Já nessa quarta-feira, segundo dia do evento, o Auditório JK recebeu o seminário “Quebre o Ciclo da Violência contra a mulher”, onde foram debatidas questões relacionadas às medidas de proteção e defesa da mulher vítima de violência doméstica e familiar.
“Trabalhamos em rede em Minas Gerais. Temos uma parceria firmada com a Sedese e esse é um compromisso inabalável da Polícia Civil em prol da defesa dos direitos das mulheres”, reforçou a chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Letícia Gamboge.
No seminário, também foram discutidas boas práticas no âmbito das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (Deams); a articulação da rede de enfrentamento à violência doméstica; a operacionalização de serviços especializados e apresentadas ações da Subsecretaria de Política dos Direitos das Mulheres (SubPDM), pela Sedese.
Na oportunidade, o Governo de Minas instituiu a criação da Diretoria Estadual de Gestão das Delegacias de Atendimento à Mulher.
A nova divisão será responsável por coordenar a política de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres.
Serviços especializados e rede de apoio
Parte importante da campanha é a divulgação dos serviços especializados de atendimento e dos mecanismos de denúncia disponíveis para mulheres em situação de violência.
Entre eles está o Cerna, que oferece suporte psicológico, social e jurídico, garantindo que as vítimas tenham acesso a todo o apoio necessário para romper o ciclo de violência.
O atendimento pode ser solicitado por meio dos telefones (31) 3270-3235 ou (31) 3270-3296, ou pelo e-mail [email protected].
No atendimento, serão realizados a escuta da mulher, o registro de violações de direitos sofridas, avaliação de riscos e ainda a montagem do Plano de Acompanhamento Pessoal.
